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- Capítulo 7
Posted by : Zyky
Dec 2, 2012
Velhos e Novos Amigos
Vários dias haviam se passado desde a explosão. Ellie já estava pronta para outro confronto, enquanto Richard ainda tinha curativos visíveis pelo corpo. Ele agora estava cuidando de seu belo Flygon, que estava do lado de fora do galpão, que era nos fundos da casa, sendo observado pela garota, que admirava a criatura, e talvez não só ela.
- Você gosta muito desse Flygon, não é? – disse
quebrando o silêncio.
- Ele e muito especial para mim. – respondeu – Meu pai
me contou que, logo depois de se tornar Rangers, recebeu a missão de salvar um
Trapinch perdido em Almia, e depois disso, ele nunca mais foi embora. Também
foi assim que conheceu minha mãe... Quando o conheci, já era este grandão aqui,
certo Flygon? – dizia acariciando o Pokémon – Devo minha vida a ele; na
verdade, essa foi a última ordem que recebeu do meu pai: me proteger, antes de
dá-lo para mim, antes que o matassem... – disse cabisbaixo.
- Então é sério? – perguntou aproximando-se, escorando
em uma bancada – Vai mesmo atrás deles? Quer dizer, do jeito que você me falou,
mesmo sem saber se foram eles mesmo?
- Agora mais do que nunca! – respondeu severamente –
Antes eu ia só te ajudar, mas agora, com o que descobri, eu preciso ir atrás
dos Pincher, descobrir quem eles são, o que querem, e acabar com tudo.
- Olha, se eu fosse você, pensaria bem antes de tomar
essa decisão. Também quero acabar com os planos deles, sejam lá quais forem,
mas não podemos subestimá-los. Olhe só para você – disse apontando para um curativo
no braço dele – poderia ter morrido! Devemos ter um plano para encontrá-los e
derrubá-los, se não podemos nos encrencar mais do que já estamos... e eu sei
muito bem disso, sei do que podem ser capazes.
- E por que deveria dar ouvidos a você? – retrucou
grosseiramente – Você nem me conta sua relação com os Pinchers, por que eu
deveria confiar?
- Eu já disse, tenho meus motivos... – sussurrou
virando o rosto para o lado, com o olhar distante.
- Ei, Rick! – gritava Lele correndo, ao lado de Fabí,
quebrando o clima pesado que ficara no lugar.
- Parece que alguém conseguiu aprender a falar meu
nome. – brincou recebendo Lele em seu ombro.
- Eu disse que iria aprender... Olha só que legal,
Nick e Booker conseguiram consertar!
Lele então puxa de suas costas seu Ukulele azul e
começa a tocar. A melodiosa música pareceu espantar toda a briga e discórdia do
local, acalmando a todos. Ninguém se atrevia a falar para ele parar de tocar, a
canção transmitia uma paz incrível, e o Pokémon estava disposto a parar,
parecia gostar muito do que fazia. Enquanto todos apreciavam a música, Nick
chega correndo, aos berros:
- Tio Rick, tio Riiiick!
- O que foi? – perguntou bravo, tanto por ter que
parar as músicas quanto por ser chamado de tio.
- Vem ver isso! – gritou e voltou a correr
indo em direção a frente da casa, sendo seguido pelo resto.
- Ei Richard,
venha cá, acho que você tem visita... – dizia Booker olhando para cima.
Ao olhar para
o alto, era possível vê que algo se aproximava. Um enorme Pokémon, do tamanho
de um dinossauro, estava sobrevoando-os, e de lá se ouviu uma voz:
- Eeeeei
Rick!!! – gritava alguém nas costas do Pokémon.
- Essa não...
– lamentava-se ao reconhecer a voz.
O Pokémon
então pousou entre eles, levantando uma fina poeira. Ele era grande,
quadrúpede, tinha o corpo marrom e um pescoço longo. Em suas costas havia
longas folhas de palmeiras, algumas criando um colar, outras delas servindo
como asas. Sua cabeça era revestida pó um capacete de folhas verdes e berries amarelas
estavam penduradas no alto de seu pescoço, exalando um doce aroma.
De suas costas
pulou um garoto mais velho que Richard, sorrindo bastante. Tinha a pele clara,
olhos e cabelos castanhos, que se arrepiavam em um topete, segurado por uma
bandana vermelha. Nessa bandana havia um moderno óculos de proteção e ele usava
roupas que pareciam com as do Rand, só que com um modelo e cores diferentes:
seu uniforme era azul com vermelho, tinha um colete também vermelho com
detalhes amarelos e tinha um aparelho preso ao pulso, assim como o Pokémon
Ranger, só que em um modelo diferente, tendo as mesmas cores de seu uniforme.
Ele aproximou-se com um grande sorriso no rosto enquanto Richard o olhava
indiferente.
- Só pode ser piada...
- Só pode ser piada...
- Eai Rick,
beleza? Não vai me dar as boas vindas?
- Humpf...
seja bem vindo, Ben. – dizia sarcástico.
- Trrooooo! –
grunhia o enorme Pokémon.
- Olá para
você também, Tropius...
Todos olhavam
intrigados: “Quem é ele e como conhece o
Richard?” pensavam, enquanto o garoto continuava a encarar o rapaz, que
agora o encarava de volta, sem tirar o sorriso do rosto.
- Eita, isso é
jeito de se receber alguém da família, primo?
- Primo?! –
indagou Ellie surpresa, chamando a atenção do rapaz, que correu em sua direção,
fazendo pose de galã.
- Perdão,
linda senhorita, deixe que eu mesmo me apresente: sou Benjamin Ferysen, o mais
novo Pokémon Ranger da região, descendente de uma linhagem de incríveis
Rangers, todos muito bem reconhecidos, mas pode me chamar só de Ben. – falava
suavemente, beijando a mão da garota, que ficou sem graça.
- E-eu...
- Pelo amor de
Arceus, Ben, você não mudou nada? Deixe Ellie em paz, ela não é para seu bico
de Fearrow! – bravejou puxando-o para longe dela, que tentava entender o que
acontecia, agora principalmente com o que Richard dissera.
- Por que não
nos apresenta seu primo? – ria Booker.
- Tudo bem,
mesmo ele já tendo feito isso... Esse aqui é o Ben, meu primo de Hoenn, mas
pelo que lembro, você tem outro nome também, não é? Acho que começa com N...
- Não se
atreva a dizer meu segundo nome, se tem amor à vida. – interviu rápido,
voltando logo em seguida com seu grande sorriso – Mas vei, a quanto tempo que
não a gente não se via, né? A última vez que apareci por aqui foi a uns 3 anos
atrás, quando meus pais vieram te visitar, no seu aniversário. Depois disso
entrei na Academia Ranger e nunca mais soube de você.
- E olha só
quem finalmente conseguiu se tornar um Ranger... – provocava ele.
- Claro que
consegui mano, eu te disse... Ok, admito, foi mais complicado do que pensei,
mas sou um Ferysen, você sabe como o sobrenome Ferysen é conhecido na Ranger
School, e mesmo negando isso, deveria seguir no mesmo ramo, se daria bem lá
fácil, fácil... Ei que tal me apresentar essa galera aí?
- Claro,
claro. – falava irônico – Estes são Booker e Nick.
- Ei, me
lembro do coroa – acenou amigável – mas e aquela linda moça? – perguntou
olhando para ela, que corava, tentando se esconder atrás de Booker.
- O nome dela
é Ellie, ela é minha... amiga. E vê se tira esse seu olho mulherengo de cima
dela!
Ela não sabia
o que fazer; enquanto Bem parecia lhe cantar falando mais gírias do que ela
conhecia, Richard a defendia, “Mas por
que essa atitude?”. Antes que pudesse protestar, uma suave e delicada voz
foi ouvida das costas do Pokémon:
- Ei Ben, será
que eu já posso descer?
- Cacilda! –
gritou correndo – Desculpa vei, esqueci de você!
- De novo...
que bom, né? – retrucou irônica.
Ben se
aproximou de seu Tropius e ajudou uma garota a descer. Chegando mais perto
Richard se surpreendeu com o que viu, algo que não lhe era comum: uma linda
garota, um pouco mais velha que ele, acompanhava seu primo, com um Pokémon
felino enrolado em seu pescoço.
Eles usavam o
mesmo uniforme, só com alguns detalhes diferentes. Usava uma fita amarela
amarrada ao pescoço, ficando com as pontas soltas com o vento. Sua pele era
clara e seus cabelos eram curtos, repicados com uma longa franja, castanhos
como chocolate, assim como seus olhos.
O Pokémon em seus ombros era um felino de pelagem lilás e bege. Suas orelhas quase desapareciam em meio aos tufos de pêlo em sua cabeça de tão pequenos, um sinistro e penetrante olhar esmeralda, além de uma cauda com uma terminação parecida com uma foice. A moça ostentava um delicado sorriso ao se aproximar, deixando-o hipnotizado por um momento. Ellie, ao perceber a súbita mudança de comportamento do garoto, encarou os dois, “Homens...”.
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O Pokémon em seus ombros era um felino de pelagem lilás e bege. Suas orelhas quase desapareciam em meio aos tufos de pêlo em sua cabeça de tão pequenos, um sinistro e penetrante olhar esmeralda, além de uma cauda com uma terminação parecida com uma foice. A moça ostentava um delicado sorriso ao se aproximar, deixando-o hipnotizado por um momento. Ellie, ao perceber a súbita mudança de comportamento do garoto, encarou os dois, “Homens...”.
- Olá a todos.
– dizia sorridente.
- Quero
apresentar minha parceira: Summer e seu Purrloin; Sun, este é Richard, meu
primo que te falei.
- É uma enorme
honra conhecê-lo. – dizia curvando-se em cumprimento.
- P-prazer...
– dizia sem jeito.
- Ah, e estes
são Booker, Nick e Ellie. – terminou piscando para a garota, que não prestou
atenção devido ao fato de olhar desconfiada Summer e Richard.
- Prazer em
conhecê-la, Summer. – cumprimentava Booker educadamente.
- Vocês podem
me chamar só de Sun. – dizia sorrindo.
- Conheci ela
logo depois de sair da Academia, quanto, digamos, me tirou de uma pequena
encrenca... – riu sem graça – Mas ela é incrível, um verdadeiro prodígio! –
elogiava Ben.
- Não fale
assim que eu fico sem jeito... Só faço meu trabalho.
- Então deve
fazê-lo muito bem. – acrescentou Richard.
- Mas me
inspiro em seus pais, eles eram fantásticos! Anda lamento a morte deles...
foram minha motivação para me tornar Ranger.
O que Summer
disse fez Richard, pela primeira vez desde o começo da conversa, tirar a
atenção da garota. Ellie sabia qual era o tamanho do impacto nele quando
entravam nesse assunto, ainda mais depois de suas últimas descobertas,
mostrando seu semblante de desaprovação. Ben, ao perceber o clima que se
instalara ali, resolveu trocar de assunto rapidamente:
- Mano, como
você mudou nesse tempo... Cresceu bastante, mas ainda não chegou no meu nível –
brincou – mas o que isso importa, né? Tu já conseguiu até uma namorada!
- O quê?! –
disseram Richard e Ellie em coro, surpresos.
- E-ela não é
mi-minha namorada! – gaguejava nervoso, com o rosto corado ao olhar para a
garota, que desviava o olhar.
- É mesmo?
Então por que se tá gaguejando tanto? Tá com vergonha de alguma coisa? –
provocou.
- Pode parar!
Já conheço esse seu joguinho e não vou mais cair nele! – gritava bravo, com o
rosto muito vermelho.
- De onde você
tirou isso? Nós somos só amigos... – retrucou ela, voltando a ficar corada,
querendo ser um Digglet e sumir por debaixo da terra.
- Ben, por
favor, porte-se como um Ranger! – dizia Summer levando as mãos à cintura.
Booker ria da
situação enquanto Nick olhava meio confuso para todos. Lele, em silêncio,
observava tudo com atenção, achava engraçada a atitude dos humanos, mas sua
atenção foi chamada por um som, um som que só ele conseguia ouvir até o momento
pelo fato de suas grandes orelhas captarem o menor dos ruídos. Ele observava
apreensivo, aquilo lhe era familiar. Enquanto a garota tentava disfarçar,
afastando-se dos garotos, viu Fabí olhando fixamente para cima, com um olhar
temeroso. Ao conseguir ouvir o som, chamou a atenção de Richard que, ao olhar
para o céu, viu um grupo de Pinchers sobrevoando-os, indo para uma área
distante da ilha. Bem e Summer foram comunicados pelo aparelho em seus pulsos,
subindo rapidamente nas costas de Tropius e levantando vôo, inda na mesma
direção. Lele, claramente bravo, começa a correr desenfreadamente, sendo
agarrado por Richard alguns metros a frente.
- Me solte! Eu
tenho que ir atrás desses humanos! – gritava, faiscando suas bochechas.
- Para que?
Chegar lá e ser pego também? Não podemos ir atrás deles ainda!
Depois de
muito relutar, acaba desistindo, sentando na areia da praia, com os olhos
cheios de lágrimas.
- Eu quero...
eu preciso ajudar meus amigos... – choramingava.
Ellie correu
rápido até o pequeno Pokémon, pegando-o no colo e o abraçando-o com força.
- Eu sei como
se sente, sei como é ver tudo o que você mais ama ser tirado e levado para
longe, mas não se preocupe, você vai ajudá-los, e vamos te ajudar também.
*****
A tarde
finalmente começava a cair, fazendo todos da cidade se recolher para o
aconchego de suas casas. Richard agora repousava em sua cama, fitando o teto
pensativo. Ainda conseguia sentir as dores de suas queimaduras, mesmo com todo
o tratamento de Booker. Ele sentou, pensando em tentar trocar seus curativos,
quando Ellie abre a porta, entrando no quarto.
- Rick, Booker
está te chamando para... – olha e o vê tirando sua camisa, virando envergonhada
– Me desculpe, eu deveria ter batido e...
- Não, não tem
problema. – interrompeu – Na verdade, eu ia procurar alguém para me ajudar...
- Você,
pedindo ajuda? – questionou virando-se.
- É q-que...
eu não tenho como alcançar as queimaduras das minhas costas! – disfarçou.
- Tá, tudo
bem, eu ajudo. – sorriu, sentando-se atrás dele.
Cuidadosamente,
ela começou a retirar as ataduras que envolviam partes de seu corpo e braços,
revelando algumas feridas ainda grandes demais pelo tempo de tratamento.
- Nossa, eu...
não imaginava que ainda estavam assim.
- Estão, e
Booker disse que não vai me deixar ir embora enquanto não melhorarem.
Parando alguns
segundos para pensar, ela levanta e pega algo em sua bolsa, mostrando-a para o
garoto.
- Você confia
em mim?
- Por quê? –
perguntou confuso.
- Isso é uma
pomada, feita de algumas berries e ervas especiais; uma pessoa muito especial
me ensinou a fazê-la quando eu ainda era pequena, porque, vamos dizer, eu me
machucava bastante. – riu – Ela ajuda na cicatrização de qualquer tipo de
ferida de uma forma bem mais rápida que o normal, mas tem um pequeno detalhe...
- Qual?
- Ela é muito
forte, e com esses machucados grandes, não sei o que você pode sentir. E então,
confia em mim?
- Ainda não
entendi o porquê da pergunta.
- Não quero
você reclamando para mim depois porque sentiu dor ou qualquer coisa do tipo.
Vou perguntar só mais uma vez, e quero uma resposta decente: você confia em
mim?
- Eu –
hesitou, virando a cabeça e pensando um pouco – ... confio.
Então,
delicadamente, Ellie começou a passar a pomada, que exalava um cheiro forte.
Quase que imediatamente Richard começou a sentir uma grande queimação na área
onde estava sendo aplicada, cerrando o punho e entendendo então o que ela
estava querendo dizer.
- Quer que eu
pare?
- Você não me
conhece? Eu nunca desisto, não importa o que seja!
- Você não tem
jeito, isso sim. – riu.
Com o passar
do tempo, a dor foi diminuindo até ficar suportável. Ele então começa a prestar
atenção no que a garota fazia, despertando sua curiosidade.
- De onde você
veio para saber de tanta coisa assim? – perguntou ele.
- Ora, que
pergunta! Eu sou daqui de Oblivia mesmo.
- Você está
brincando? – virou-se surpreso.
- Mas é isso
mesmo, por que a surpresa?
- Bom, talvez
porque você nunca me disse, e quando eu perguntei você não foi lá muito
educada. – provocou.
- Se você
aprender a pedir com jeitinho, eu até penso em responder suas milhares de
perguntas. – brincou, sujando seu rosto – E por que isso é tão importante se
você confia em mim, faz alguma diferença?
- Talvez... –
questionou, fazendo Ellie se calar, que virou de frente para ele e passando a
pomada em uma ferida que se estendia do ombro ao peito.
O garoto
aproveitou a oportunidade e começou a observá-la com mais atenção, até ela
perceber.
- Você está me
deixando sem graça.
- Como?
- Por que você
está me observando tanto?
- É que, sei
lá, posso jurar que já te vi em algum lugar.
- A região não
é lá muito grande, deve ser por isso...
- Não, não,
tenho certeza que já te vi, talvez há alguns anos. Se eu soubesse seu
sobrenome, quem sabe eu não me lembraria?
- Meu
sobrenome não é importante. – disse ríspida, mudando de semblante.
- E por quê?
- Porque sim.
– falou, e viu que ele olhou atônico – Eu... não tenho muito orgulho dele,
muito menos de quem o me deu.
Richard agora
a observava confuso, “Como assim ela não
se orgulha? Como alguém pode não gostar de sua própria família?” pensou,
vendo que ela ficara um pouco triste.
- Então foi
por isso que você... fugiu? – perguntou, chamando a atenção dela.
- Não! Quer
dizer, mais ou menos, e-eu... – hesitou – ah, esquece vai. – respondeu
cabisbaixa.
Já que o
assunto lhe abalara, o garoto resolveu não fazer mais perguntas, deixando Ellie
terminar seus curativos, que ficaram melhores dos que os outros. Booker os
chamou para jantar, mas ela não quis, dizendo estar sem fome, ficando sozinha
no quarto, e quando voltou, ela aparentava já estar dormindo.
Deitado, o
garoto tentava dormir, mas seus machucados ainda o incomodavam, mesmo sendo
menos do que antes. Pensou em ver se ela estava bem, mas então ouviu barulhos
estranhos vindos de fora.
- Ei,
Drifloon, vai devagar! – sussurrava alguém do lado de fora, bem próximo a casa
– Ai, calma, cuidado com a árvore... ah! – parou, sendo possível ouvir o
barulho de algo batendo em uma árvore que fica perto da janela.
Antes de
tentar se levantar para ver o que era, Ellie já estava na janela:
- Será que
você não consegue ser mais silenciosa? – perguntou sussurrando.
- Ai,
desculpa, é que o Drifloon não voa muito bem, é difícil controlar um balão. –
respondeu uma voz fina de menina.
- Driiiifl...
– grunhiu o Pokémon, tendo a boca tampada.
Vendo que
Ellie parecia conhecer a intrusa, ele ficou deitado, imóvel, ouvindo a conversa
atentamente.
- O que você
veio fazer aqui?
- Fiquei
sabendo do que aconteceu e vim ver como você está.
- Mas como?
- Não há nada
que aconteça nessas ilhas sem que eu fique sabendo. – disse a desconhecida com
um leve riso – Mas e então, está tudo bem com você, Ellie?
- Na medida do
possível, sim...
- O que houve,
ele descobriu alguma coisa?
- “Ela sabe de mim?!” - questionou Richard
em pensamento.
- Não, ainda
não, mas me sinto mal escondendo tudo de todos, só que não posso contar sem
colocar as pessoas ao meu redor em perigo... Você é uma e sabe muito bem disso!
- Sei, mas não
se preocupe, sei me defender sozinha. – riu.
- Sei... Sabe,
às vezes chega a ser engraçado essa vida de fugitiva, não sendo eu mesma, acabo
descobrindo tantas coisas, inclusive sobre ele, como hoje, que seu primo Bem
veio se apresentar como Ranger.
- Soube disso
também, e até já o conheci, ele é muito engraçado. Mas... como andam as coisas
ele? – e a última palavra saiu em um tom sugestivo.
- Ele me faz
tantas perguntas! – disse rindo levemente – Me perguntou hoje sobre minha
família... Se eu tivesse uma!
- Ora, mas
você tem, gostando ou não.
- O dia em que
ele me tratar como filha eu penso se quero fazer parte do que ele chama de
família! – bravejou alterada.
- Não fale
assim, ele se preocupa com você, tenho certeza! Não duvido nada que ele esteja
muito preocupado desde que você fugiu. – animava a outra garota.
- Eu penso
nele todos os dias, mesmo não querendo... – continuava; sua voz era triste,
parecia engolir suas lágrimas – Sinto saudades dele, de quando nós éramos
felizes, antes dele fazer aquelas coisas horríveis... antes de eu descobrir tudo.
Então o
silêncio reinou. O garoto tentava entender tudo o que ouvia, “De quem elas estão falando e o que essa
pessoa fez de tão ruim?”, mas parou para prestar atenção quando ouviu
baixos soluços, identificando como os da Ellie.
- Ah, Ellie,
por favor, não chore. Acho que tenho boas notícias!
- Tem? Quais?
– perguntou com a voz trêmula.
- Eu andei
pesquisando sobre Celebi como você havia me pedido, e descobri coisas
interessantes! Parece que está envolvido em uma antiga profecia, ainda mais por
ser um dos guardiões da região, e também vi sobre um importante acontecimento
do passado de Oblivia ou alguma coisa parecida, mas não sei nada de história
antiga, então só entendi até aí.
- Achou algo
que falasse sobre esse meu problema?
- Ainda não,
acho que vou pedir ajuda para minha mãe.
- Tudo bem,
mas vê se não dá bandeira, ein? – brincou.
- Pode deixar!
Boa noite, e durma com Cresselia.
- Boa noite...
– sussurrou.
Ellie voltou
para sua cama, na ponta dos pés, deixando tudo em silêncio novamente. Richard
agora estava mais pensativo do que antes, tentando entender no que ela estaria
envolvida e se ele mesmo não estava envolvido também, por que não podia falar
nada para ninguém, que mistérios guardava e o que mais ela escondia.
“Será que posso mesmo confiar nela?”
Capítulo 6 | Capítulo 8
Enfim entrei em dia! Olá Zyky!
ReplyDeleteParece que finalmente você está terminando uma etapa importante da história. Os problemas recentes foram indispensáveis para suas pretensões, uma vez que nos fizeram conhecer melhor seus protagonistas e dar mais cara ao enredo com o qual você quer trabalhar. Acredito até que daqui pra frente as coisas se tornem bem mais simples para você poder criar.
Esse Ben é uma comédia! Quero ler mais capítulos com ele. É o galã entre os Rangers? Uma espécie de Brock, digamos... E a Sun é belíssima! Fora que parece ser uma menina tão meiga...
Bom Zyky, acho que já disse isso em quase todos os capítulos até aqui, mas a história está excelente. Até o próximo capítulo!
ZYKYTA!
ReplyDeleteEpa, to um pouco atrasadinha com os comentários não? Mas, relaxe, isso não vai mais acontecer porque agora eu finalmente estou de F É R I A S!!!!! kkkk E você sabe como tava corrido... enfim.
Beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeen, seja bem vindo seu lindo da Zykyta!! (isso aí, que fique claro que ele é dela e ela tem ciumes, eu bem sei..)
Você é o Ranger mais legal que existe ta? Ta.
E Summer... é... né... Bem vinda.
Ellie sempre misteriosa sobre o seu passado e a sua familia. Oh céus.
Shadow \o/ Cara, não sei se usaria o termo "mais simples" pra daqui para frente, pq ainda tem mta treta pra rolar XD E o Ben é perfeito, não é? *U* Espere só, ele ainda tem mto pra nos fazer rir XD Sun é alguém extremamente competente e delicada, mas digo algo q se aplica a todos os personagens: cuidado, pq eles podem t surpreender! =O
ReplyDeleteJac, não fique espalhando isso por aí u_ú Mas a qm eu quero enganar, O BEN É MEU MSM! E cuidado com o q vc diz, principalmente sobre alguns (ou algumas, se é q me entende ¬.¬) personagens, pois podem soar como spoilers... acho q já disse d+ =x
Ótimas descrições para cada um dos personagens, o Ben e a Summer tiveram suas personalidades muito bem colocadas, acho que aos poucos esse grupo de Rangers irá sendo formado até que venham a se tornar uma grande equipe! E juro, demorei para me tocar que esses dois seriam aqueles protagonistas dos games em Oblivia, mas convenhamos... Eu sou mais Richard e Ellie kkk Zyky, já imaginou tendo sua fic chegando aos vinte capítulos? Nossa, até lá vai ter mudado muita coisa, estamos só no nono e eu ainda sinto que tato vai mudar... Não posso esconder que minha cena favorita foi aquela em que a Ellie entrou no quarto e o Richard pediu para ela trocar as ataduras. Foi tipo assim: Você confia em mim? *-* OMG!! Que cena linda!! Romance, por que você só chega na hora certa? Adorei esse pedaço mais que tudo! kkkk
ReplyDeleteEssa frase tem força, não? Enfim, vamos deixar os momentos épicos de lado e comentar só sobre esse trecho final... Sinto que tem muita coisa pra acontecer, e que no fim das contas você poderia... Não me diga que poderia fazer a Ellie ser como uma vilã? kkkkkkk Ai, ai... Não, não. Quero dizer, eu espero que não, mas vai saber. Seria uma jogada épica, trabalhar com personagens e jogá-los como uma arma letal para derrubar aqueles que amamos. Vamos ver no que vai dar, adorei o mistério assim. Quero ver esse grupo sendo formado aos poucos, e será que eu posso contar com ainda mais personagens na equipe? Continue com o ótimo trabalho, Zyky. Beijos!
Já pensou no Ben como o protagonista do contra? Não? Nem eu XD Queria protagonistas diferentes, e acabou que as imagens dos protagonistas do game ficaram mto bem neles, vai entender...
ReplyDelete20 capítulos? WOW! Bom, se bem que 20 capítulos escritos eu já tneho, agora só falta postar =3 e pode acreditar, mta coisa acontece até lá -w- "Você confia em mim?", essa EU notei num caderninho d frases memoráveis XD (romance, mal posso ver seus movimentos u.u)
A Ellie sendo vilã? Hmm, não é lá uma má ideia... kkkkkk Brincadeira, ela já tem todo o seu futuro traçado, dependerá da consciência de cada um se ela será uma vilã ou alguém do bem, ou até...
Até!