Archive for October 2012
Notas da Autora - Capítulo 3
Yeeei! ^^
Agora sim os Pinchers deram o ar de sua graça, mostrando o porquê são os vilões da história. *risada sinistra*
Para os que acompanhavam a fic antes (pelo Nyah!, por exemplo) verá uma pequenina diferença... ou não, mas peço que não estraguem a surpresa. Se você sabe o nome dos Pinchers, considere-se com um bônus, e se você não sabe, prepare-se para grandes acontecimentos quando estes forem revelados.
Mas por quê?
O bom de ter capítulos adiantados é que posso voltar e revisar todos eles antes de postar, e em uma dessas revisões, também pesando importantes acontecimentos futuros, percebi que seria legal manter os nomes destes importantes e cruéis Pinchers (você os achou cruéis? Eu acho) em segredo. "Mas e quem já leu?" Sim, fiquei pensando muito nessa questão, e pode até ser que revelem seus nomes, mas foi um risco que que tive que tomar, e, além do mais, acho que até quem sabe os nomes se surpreenderá com os grandes acontecimentos que mencionei acima.
Ellie e suas surpresas e otras cositas mas
E então, já surpresos com a Ellie? Aqui já vemos um pouco de sua personalidade, e que ela tem mais segredos guardados do que qualquer um pode imaginar. Suas intenções são um mistério, a única coisa que se sabe é que existe algum tipo de relação entre ela e os Pinchers. Quero que prestem bastante atenção em suas falas e, principalmente, descrições, pois em cada uma delas terá uma dica ou pista, que juntas, farão muito mais sentido mais para frente.
CELEBI, SEU LINDO, VEM PRA MIM! *-*
Existe Pokémon mais perfeitamente perfeito do que o Celebi? Acho que a única descrição que seja digno o sucifiente de seu ser foi uma coisa que o Shadow Zangoose me falou a pouco tempo: Celebi não tem o poder, Celebi É o poder. E amém.
"Tudo isso é referente ao Celebi da fanfic?" Talvez, mas também porque ele é um dos meus Lendários favoritos, estando no Top 3, mas já digo que ele ainda fará outras aparições, e sei que será diferente de tudo o que viram, ou pelo menos espero.
Feliz aniversário atrasado Canas!
Não, não é o que vocês estão pensando, eu não esqueci. Planejei o dia inteiro uma postagem super bacana e tals, mas tive uns zilhões de imprevistos (que serão explicados mais para baixo), e quando percebi, já era 01:00hs da manhã de sábado, e não tive mais coragem de fazer a postagem 2 dias depois do aniversário.
Deixando esse blablabla de lado, quero desejar um ótimo pós aniversário (o que vale é a intenção, né?), muitas felicidades, que você continue a ser esse companheiro, que ajuda em qualquer hora (eu que o diga!), que escreve de uma forma maravilhosamente bem, que também ajuda na bagunça das reuniões... #prontofalei u.u Brincadeira, brincadeira, todo mundo tem sua parcela de culpa (ok, parei). Que Deus continue a te abençoar grandemente (sou crente sim o/) e que ainda possamos te ver na Aliança por um loooooongo tempo, como escritor, companheiro, amigo e membro dessa família que agora faço parte.
AEEEEEEE FELIZ ANIVERSÁRIO CANAAAAAAAAAAS!!! XD
(era bem isso que iria colocar na postagem super bacana que iria fazer)
De presente, essa imagem muito cute do Pokémon que talvez mais me surpreendeu quando descobri qual eram seus tipos (sim, eu levei um mega susto quando soube que o Jirachi era Steel, isso nunca passou na minha mente).
De presente, essa imagem muito cute do Pokémon que talvez mais me surpreendeu quando descobri qual eram seus tipos (sim, eu levei um mega susto quando soube que o Jirachi era Steel, isso nunca passou na minha mente).
Vida de estudante...
Ah, como é bela a vida dos estudantes, ainda mais do Ensino Médio... da forma mais irônica possível, claro.
A explicação do atrasos de algumas coisas aqui no blog (contando o fato acima) se chama TCC. Sim, o temível, assustador e devorador de almas estudantis Trabalho de Conclusão de Curso. Se você já fez um, dá cá um abraço amigo, pois sabe muito bem o que estou passando. Se você ainda não fez um, o conselho que deixo é: preparem seus espíritos.
Deixando todo esse dramatismo de lado (um dom meu ^^'), TCC é um mega trabalho que tem de ser feito no fim de um cursos, faculdades e, no meu caso, do Ensino Médio. Estou na etapa final dele, e não sei o que é ter vida social a uma semana, de tanto que leio e releio e escrevo e surto um pouquinho e etc... Depois que entregá-lo vou adiantar tudo o que não postei até o momento, como os Trainer Cards e a matéria sobre o Anime Fantasy, então peço um pouco de paciência.
Vi que os comentários diminuiram também (acabei de postar o 3º Capítulo e quero falar de médias... ¬¬') e acho que é por causa dessa época corrida. Fim de ano, provas, trabalhos, TCC's, vestibulares e etc e tal, só para nos desesperar.
Enquete problemática
Ela estava funcionando direitinho, com um bom número de votos, quase empatada até a última vez que chequei, mas então, num belo dia, olhei e vi que ela estava zerada. Depois tiveram mais alguns votos. Voltei em outro dia e a mesma coisa, zerada de novo. Não faço a mínima ideia do que aconteceu.
Vou refazer a enquete, pois não vi até onde foram as votações. Quem quiser votar de novo, a vontade, se não votou ainda, essa é sua chance, pois a partir dela vou ver o que farei referente a uns projetos meus.
OBS: tenho que encontrar um cumprimento para encerrar essas notas... '-'
Capítulo 3
Pinchers a Vista!
O sol brilhava forte no céu e Richard acorda com os
raios quentes batendo em seu rosto. Levanta dolorido; aquela não tinha sido sua
melhor noite.
- Caramba, se devo me arrepender do que fiz, a hora é
agora. – disse, levantando-se e indo ao banheiro.
Quando saiu, viu que Ellie ainda dormia pesado, porém
delicadamente, estando do mesmo jeito que a vira no dia anterior. Sem perceber,
ficou a observá-la: seu cabelo, agora solto, era longo e liso, seu rosto,
delicado e sereno, mas suas feições pareciam lhe recordar alguém. Realmente ela
era muito bonita, mas sentia-se incomodado com alguém, ainda mais uma garota,
em sua casa, já que estava acostumado e preferia ficar sozinho, e não gostava
muito de ficar perto de garotas.
“Só posso
estar ficando louco... Alguns pagariam por isso, e o que eu mais quero
é que ela vá embora!” pensava. Ao
perceber sua pausa, voltou a caminhar, abrindo a janela e acordando-a.
- Que horas são? – perguntou sonolenta.
- Umas 9 horas. Dormiu bem? – perguntou com certo
sarcasmo.
- Você nem faz ideia, não durmo em uma cama assim há
muito tempo. – disse espreguiçando-se, acordando seu pequeno Pokémon.
- Por que, você não tem casa não? – perguntou
debochando, mas vendo que ela ficou séria – O que foi?
- Não, nada, é que – hesitou – eu... não tenho
casa há muito tempo.
- Eu posso perguntar por quê?
- Não! Quer dizer... eu não gosto de falar sobre isso.
– terminou de forma rude, levantando-se bruscamente.
*****
Enquanto isso, não muito longe dali:
- ... Então é isso, cada um já sabe o que fazer, e sem
falhas, o chefe não vai perdoar mais nenhuma, e muito menos eu. – ordenava um
jovem a um pequeno grupo de pessoas uniformizadas. Esse rapaz, que era tratado
com autoridade, era loiro com uma mecha vermelha e olhos de um vermelho mais
escuro, usava bermuda e botas pretas, um colete vermelho, além de um estranho
dispositivo em seu braço direito e estava em cima de um tipo de flutuador, que
estava um pouco acima do chão.
- Não sei por que você gosta de dar a pinta de mandão,
se mostrando superior aos outros. – dizia uma bela jovem ao lado do rapaz.
Essa jovem, que o observava entediada debruçada sobre
o apoio de seu flutuador, também era loira, com olhos e uma franja azul, tinha
um top, short e luvas brancas, botas brancas com detalhes azuis e também usava
um colete, só que azul e menor, aberto na frente, e também portava o mesmo
dispositivo.
- Cale a boca! Você sabe que temos de honrar nossos
postos e...
- Ah, claro! Espere só eu ir buscar minha pipoca para
ouvir esse discurso de novo... – dizia irônica.
- Não vou dar mais bola para você, estamos no meio de
uma missão muito importante, mais do que seu cérebro consegue processar.
- Hei! – gritou ofendida.
- Quietinha tá, não me atrapalhe. – disse virando-se
ao grupo – Vamos soldados, hora de fazermos uma visitinha a alguém...
*****
Ellie vasculhava o pequeno armário do apartamento, e o
pouco que encontrou eram coisas industrializadas e outras do tipo.
- Você só come isso aqui? – falou com certo desgosto.
- Sim, não gosto de cozinhar... Por que, algum
problema?
- Também gosto dessas coisas, mas o tempo todo chega a
ser... enjoativo. Uma mudança no cardápio não dói e é mais saudável. – falou
enquanto Togetic lhe trazia uma berrie, sentando-se em cima de um balcão.
- Se vai me dar lição de moral, esqueça, ok? Não é só
por que você está aqui na minha casa que vou fazer tudo o que disser. – falava
enquanto tomava seu “café da manhã” e observava discretamente sua forma
diferente de agir e falar.
Ela então ficou quieta por um tempo, observando a ele
e ao lugar, e pouco depois, perguntou:
- E então, já se decidiu?
- Como?
- O que vai fazer da vida. Vai fugir, me ajudar ou
enfrentar os Pinchers sozinho?
- Eles não me parecem ameaça.
- Ah, claro! Com soldados da divisão 5 você não pode
esperar nada, até Togetic consegue cuidar deles com facilidade – disse
apontando para o Pokémon em seu ombro, que não sabia se tinha sido elogiado ou
ofendido – mas eu quero ver lutar contra os da elite, aqueles são barra pesada,
eu sei muito bem... e serão eles que virão atrás de você.
- Você até que sabe muito, para uma garota... –
ironizou, se arrependendo quando viu sua reação e mudança de humor repentina.
- Nunca, você me ouviu, nunca me subestime ou duvide
de mim só porque eu sou uma garota! – disse extremamente séria, puxando a gola
da camiseta do garoto.
- Nossa, tá bom! Não está mais aqui quem falou. –
respondeu recuando – Mas o que tanto você quer com eles?
- Quero impedi-los do que quer que seja que estejam
planejando, a qualquer custo. Eles já me prejudicaram muito, e é a minha vez de
jogar.
- Para que tanta raiva? O que eles tanto fizeram para
você?
- Não é da sua conta... – respondeu rudemente.
- Educação passou longe, né?
- Humpf, olha quem fala. – disse ela encarando-o,
retribuindo ele o olhar. – E então, vai me ajudar?
- E eu tenho escolha?
- Claro que tem, mas eu não respondo pela sua
consciência.
- O que eu ganho com isso? – perguntou ele curioso.
- Bom, é uma troca, você me ajuda, eu te ajudo, esse é
o trato.
Richard parou para pensar. Ellie era estranha para
ele, tornando-se muito suspeita, mas ele não tinha nada a perder, tinha muitas
dúvidas e estava disposto a encontrar as respostas, principalmente entender o
fato de o porquê de ter se tornado um alvo para os Pinchers.
- Fazer o que, vamos né.
- Isso! Você não vai se arrepender! Vamos arrumar suas
coisas e ir à caçada Rick... posso te chamar assim?
- P-pode...
Então começaram a arrumarem suas bagagens rapidamente.
Richard não sabia o que lhe esperava, então não sabia bem o que pegar, sendo
várias vezes advertido por Ellie.
- Acho que vou continuar deixando o Quilava de guarda.
- Não, leve todos os seus Pokémon, não sabemos se vai
precisar deles. – advertiu ela novamente.
- Todos?
- Todos!
- Mas não preciso, os mais fortes estão comigo.
- E você não sabe o que vai acontecer, e além do
mais...
Richard esperou ela terminar, mas ouviu um barulho
como que algo tivesse caído no chão, e realmente tinha. Ellie estava de
joelhos, pressionando com força a cabeça, parecia sentir muita dor:
- Ei, Ellie! O que houve? – disse indo até ela, mas
não tinha resposta – Droga, e agora, o que eu faço?
Dito isso, ela abriu os olhos somente, olhando fixamente
para o nada, e ele viu que seus olhos, que antes eram brancos, agora cintilavam
em lindos tons verdes, como uma esmeralda ao sol, hipnotizando o garoto.
- Eles estão chegando... – sussurrou ainda estática,
de joelhos, e seus olhos voltavam a ficar brancos.
- Como?
- Eles... eles estão por aqui, vamos! – gritou
levantando-se rapidamente como se nada tivesse acontecido.
- Ei, espera aí! Será que dá para me explicar o que houve com você?
- Depois, mas temos que sair daqui agora, antes que
eles cheguem.
- Eles quem?
De repente, alguém bate com muita força na porta:
- Droga, são eles! Vamos agora!!! – disse puxando-o.
Ellie recolheu seu Togetic, que estava muito
assustado, falando para Richard fazer o mesmo e puxando-o até o quarto, e com
uma habilidade impressionante, ela logo já estava no chão, correndo em direção
a floresta. Richard ficara boquiaberto com tal feito, acelerando o passo quando
ouviu vozes e barulhos em seu apartamento. No meio do caminho, passaram por uma
placa que dizia onde tinham adentrado: “Teakwood Forest”, que era uma enorme e
densa floresta onde haviam ruínas secretas de uma antiga civilização e, bem no
centro da mata, havia um estranho monumento com a lenda de ser um portal
ativado pelo lendário Pokémon guardião que o controla.
Os dois se esconderam entre as árvores, em silêncio, e
viram que estavam sendo seguidos. Duas pessoas estavam procurando por alguém,
vestidos exatamente iguais: uniformes pretos, com um boné e colete com tons
verdes e um dispositivo no braço direito; mais pareciam soldados, cada um em
cima de um flutuador que ia de um lado a outro, deixando Ellie muito nervosa, e
Richard ainda meio confuso, mas aqueles flutuadores pareciam lhe ser
familiares.
- Mas o que é isso? – sussurrou ele.
- São Pinchers. – respondeu.
- Pinchers?!
- Foram eles que invadiram o apartamento agora a
pouco, já estão atrás de você.
- Está certíssima. – respondeu alguém atrás deles.
Os dois viraram-se assustados e viram dezenas de
pessoas uniformizadas, cada um em seu flutuador, mas dois deles, um vermelho e
outro azul, se destacavam.
- Você... – disse Ellie fuzilando com os olhos o rapaz
de vermelho em sua frente.
- Olhe só, o garoto até que é bonitinho. – disse a
jovem de azul.
- Por favor, concentre-se...
- Quem são vocês? – gritou o garoto
- Por que não pergunta a sua amiguinha, não é mesmo,
senhorita Ellie? – disse o rapaz, fazendo a garota recuar o olhar ao ver que
Richard a olhava curioso – Olha garoto, se não quer ser um de nós, isso não é
problema meu, mas você tem algo que nos pertence. Devolva o livro agora.
- E se eu não quiser? – desafiou
- Não faça isso... – sussurrou Ellie
- Bom, se quer pelo modo mais difícil... – disse e,
num estalar de dedos, três dos capangas estavam em volta de Ellie e um Pokémon
estava na frente dos dois: ele era grande, vermelho com rajadas amarelas. Duas
antenas amarelas saiam de sua cabeça e na ponta de sua cauda queimava uma forte
tocha – para mim não há nenhum problema, adoro quando escolhem o modo difícil.
- Magmaaaaaaar – disse o Pokémon encarando Richard.
- Ei, espera um pouco! – disse empurrando um dos
capangas – Ela não tem nada a ver, o livro está comigo!
- Hahahah... Ela está mais envolvida nisso do que você
consegue imaginar!
- Por que não diz logo quem é você?
- Não nos é permitido compartilhar tal informação. –
disse a jovem.
- Exatamente, mas em breve saberá, assim como todos
dessas ilhas, e vocês tremerão ao ouviu os nomes dos líderes dos Pokémon
Pinchers!
- E o que é que esses Pokémon Pinchers fazem de tão
especial? – perguntava bravo.
- Hahahahahah, você nunca ouviu falar de nós, não é
mesmo? Ao invés do que dizem por aí a seu respeito, você deve ser um filhinho
de mamãe fracote... – zombou.
- Retire o que disse!
- Senão?
- Senão sofrerá as consequências, vá Charmeleon! –
gritou Richard lançando seu Pokémon lagarto, que encarava os adversários com
superioridade.
- Grrr... Use Flamethrower!
Charmeleon desferiu uma grande labareda de fogo que
acertou Magmar em cheio, mas que sequer o machucou.
- Magmar, Focus Punch. – disse tranquilamente.
- Desvie e use Slash! – e o Pokémon desviou com
facilidade do golpe, acertando novamente seu oponente – agora Dragon Rage.
O Pokémon, após jogar Magmar no chão, pulou e desferiu
o golpe de cima, o que lhe causou grande dano. O rapaz então observou
Charmeleon com mais atenção, mostrando um estranho sorriso em seguida.
- Até que esse Charmeleon é bom, vou pegá-lo para mim
e evoluí-lo para um poderosíssimo Charizard! – terminou apontando o aparelho de
seu braço para o Pokémon.
- Mas o quê? – antes de conseguir dizer algo mais, um
tipo de onda roxa começou a sair do aparelho e acertar Charmeleon, que não
pareciam machucar-se, mas relutava fortemente.
- Por favor, não faça isso! – implorava Ellie, sendo
segurada pelos soldados.
- Charmeleon!!! – gritou indo em direção ao seu
Pokémon, porém foi jogado com força contra um enorme monumento existente na
floresta.
Ele olhou assustado para o Pokémon. O chamou, mas não
foi respondido, tentou retorná-lo, também em vão. Os olhos de Charmeleon
estavam vermelhos, em fúria, bufava muito, era como se nunca tivesse o visto.
Ellie então conseguiu se soltar e correu em direção a Richard, parando em sua
frente e abrindo os braços:
- Ele não tem nada a ver com isso! – gritou.
- Mas já se envolveu demais! Ninguém entra no meu
caminho assim e se safa tão fácil.
- Me leve então, não é isso que vocês querem? Mas o
deixe em paz!
- Desculpe-me senhorita, tenho ordens referentes a
você, não a ele. Ou ele vem conosco ou morre aqui. Charmeleon, Flamethrower!
Desta vez a rajada de fogo era muito maior e mais
forte, consumindo tudo em seu caminho. Richard pensou em levantar, mas não
daria tempo de escapar, e Ellie ainda continuava em pé, na linha de fogo. “Ela é louca ou o quê?!” pensou, mas
antes de ser incinerada viva, um enorme campo de força cobriu os dois,
deixando-os ilesos.
- Mas como?! – indagava o rapaz confuso.
- Olhe! – gritou a moça apontando para o monumento,
que cintilava.
O enorme e antigo monumento de pedra começou a brilhar
intensamente e de lá saiu um globo de luz, que flutuou pelo local. Ao diminuir
o brilho, uma delicada criatura se revelou: ela era graciosa, seu corpo tinha
vários tons de verde, sua cabeça alongava-se na parte posterior e duas pequenas
antenas saíam dela. Seu corpo era pequeno, com patas dianteiras mais longas que
as traseiras e em suas costas havia um par de delicadas asas, mas fortes o
suficientes para mantê-lo no ar. Seus olhos eram grandes, azuis, transmitiam
uma paz e ternura indescritíveis.
- Ceee-biiiiiiii! – grunhia o Pokémon
espreguiçando-se.
- Isso não é possível... – dizia ele boquiaberto.
O pequeno Pokémon aproximou-se de Ellie com certa curiosidade,
rodopiando feliz logo em seguida, vendo sua admiração, e com isso o campo de
força sumiu.
- Não podemos deixar essa oportunidade escapar! –
sussurrou sua parceira.
- É verdade! Magmar, use Fire Punch; Charmeleon, Metal
Claw, não deixem aquele Celebi fugir! – ordenou rápido.
Os Pokémon se aproximaram rapidamente, porém Ellie
puxou Celebi, na tentativa de protegê-lo, e o mesmo desferiu ondas psíquicas
que jogaram seus inimigos longe.
- Ellie, saia daí agora! – gritava Richard.
- Mas... – sussurrou, olhando para Celebi, que olhava
assustado para os humanos que lhe atacaram – Celebi, fuja... fuja agora!
- Bi?
- Eles irão pegá-lo, e vão fazer coisas horríveis com
você, eu sei! Assim como fizeram com a floresta, assim como fizeram com muitos
outros...
Ainda confuso, o Guardião olhou à sua volta e viu a
floresta arder em chamas. Não expressava mais nada, nem raiva ou medo, apenas
fechando os olhos, e quando os abriu, uma onda de baixa luz expandiu-se de seu
corpo, atingindo toda a área afetada. Enquanto os Pinchers foram jogados longe
com isso, os danos causados a floresta foram regredindo até quase
desaparecerem. O garoto olhou para Ellie e viu que ela encarava os que lhe
atacaram com raiva, até ter a atenção chamada por Celebi. Ele a olhou fixamente
por algum tempo e o garoto teve de forçar a vista, pois pensava estar vendo
coisas: os olhos dela estavam brilhando da mesma forma estranha como em sua
casa, e os de Celebi também pareciam cintilar. Viu que ela vacilou e correu
para pegá-la, já desacordada.“Quem é
você?” pensou. O Pokémon grunhiu ao seu redor, olhando-a atentamente e
voltando a brilhar, retornando para o monumento, no qual sua luz parecia fazer desenhos
no ar.
Olhou ao redor e viu, ainda pasmo, que todo o dano
causado pelo fogo já tinha desaparecido, e os Pinchers pareciam dar sinais de
que estavam acordando. Quando tirou uma pokéball do bolso, lembrou-se de seu
Charmeleon, que estava nocauteado. Tentou retorná-lo novamente, e com um peso
na consciência que não sentia a muitos anos, viu que falhou novamente.
- Flygon, nos tire daqui já! – disse subindo nas
costas do enorme Pokémon com Ellie nos braços, que em segundos levantou vôo e
desapareceu nos ares.
- Droga, eles fugiram... – resmungou.
- Ele não vai gostar nada-nada disso. – respondeu a
jovem, recebendo um empurrão do companheiro.
*****
Bem longe de onde estavam Flygon pousou em uma praia
aparentemente deserta. Começara a chover no meio da viagem e os ventos ficaram
fortes, algo normal de um temporal litorâneo, ainda mais em uma ilha. Richard
correu até uma cabana de madeira muito simples e bateu ferozmente na porta: “Por favor...” dizia em pensamentos.
- Quem está aí? – perguntou uma voz rouca e cansada.
- Me deixe entrar, por favor! – e viu uma fresta se
abrir – Ela... ela precisa de ajuda...
- Entre, rápido! – disse a pessoa, abrindo a porta por
onde Richard passou, recolhendo o Pokémon.
Capítulo 2 | Capítulo 4
Notas da Autora - Capítulo 2
AEEEE, ELLIE APARECEU, VIVAAAA! VI... Ops, já começou? O_O' *recompondo-se*
Yeeei! ^^
E é com enorme prazer que trago o capítulo adiantado para vocês! Mas este adiantamento tem um motivo, e ele se chama Anime Fantasy!
Para quem mora em São Paulo, acontecerá neste fim de semana o Anime Fantasy, um dos vários eventos voltados em cultura japonesa, games e muito mais. E, curiosamente, o tema deste ano é Pokémon, então terá uma gama de atividades voltado para nossos amados monstrinhos, além de vários sorteios também. Irei participar amanhã, ficando o dia inteiro fora, e como vocês não poderiam ser prejudicados com isso, resolvi adiantar este capítulo, o qual gosto muito.
Nova Protagonista
Sim, já digo de ante mão, Ellie é uma das protagonistas, até porque já ficou meio óbvio isso, devido aos... acontecimentos (adoro o episódio da toalha XD). Se vocês se surpreenderam (e ainda vão) com o Richard, não perdem por esperar dela. Além de ter uma história incrível, é minha personagem preferida, minha protegida (tirem esses olhos de cima dela, ok? u_u). Digo isso porque a criei com todo amor e carinho e detalhes, tudo o que penso (e que gostaria que fosse) sobre o Mundo Pokémon apliquei nela, então, ao lado da Ellie, vocês saberão o que acho de uma dezena de coisas. Sim, ela é um segundo eu por inteira, ou quase...Voltando ao início
- Vilões
Lembram-se do casal misterioso? Quem chutou Pinchers, acertou em cheio. Eles são os vilões da história, mas não pensem que eles serão parecidos com os do jogo,"aqueles que sempre são derrotados", se preparem para algo maior, melhor e muito, muito mais malvado.- Ranger
Para aqueles que queriam Rangers, aqui está um deles, mesmo com sua pequena aparição no momento. Ele é somente um dos que ganharão um grande destaque, mas digo que a casa do Rand ainda guarda muitas surpresas e confusões além de um "velho livro".- Livro
Podem esperar sentados, poucas coisas sobre eles serão ditas agora (e no decorrer dos próximos capítulos). Alguns podem até deduzir com as "dicas" que serão ditas, mas seu real propósito só será revelado beeeem mais para frente.- Mistérios misteriosamente misteriosos
A própria Ellie em si já é um baita mistério. Sua vida, seu passado, suas intenções, é tudo muito intrigante, e ela já começará a surpreender muitos a partir do próximo capítulo, vocês não perdem por esperar. O objetivo dos dois Pinchers também, mas, para que se focar em encarregados da divisão 5 se podemos nos preocupar com coisas maiores? (há!) Sem falar das sombras, silhuetas e tudo mais... Sim, podem falar, sou uma pessoa muito má por fazer tanto suspense (se é que estou consegundo fazê-lo).Agora, tudo que podemos fazer é esperar para ver no que todos esses fatos vão dar.
Enquete
Bom, acho que consegui agradar a maioria... ^.^ Colocarei uma nova enquete, mas quem tiver uma sugestão, pode me falar, estou aberta a ideias.PS: Para quem vai no Anime Fantasy amanhã, se quiser me encontrar, é só procurar por orelhas de Flareon (ou um Flareon inteiro mesmo ^^), e para os interessados, depois trarei um relatório de tudo que aconteceu no evento.
Capítulo 2
Encontros e Desencontros
- Se querem perguntar sobre a batalha, não tenho nada
a dizer, vamos Flay. – disse virando-se.
- Não, não vamos perguntar da sua batalha, mas devo
dizer que você foi esplêndido. – elogiou a mulher – Gostaríamos de fazer outro
tipo de pergunta.
- Só não me façam perder meu tempo. – retrucou.
- Pode acreditar, não vai.
- ... Estou ouvindo.
- Você nunca quis ser mais forte, por sua força em
prática e ter pessoas aos seus pés? – dizia com uma voz chamativa.
- E por que eu iria querer isso?
- Ah, talvez para mostrar a todos sua superioridade –
dizia agora o homem – ou, vingar seus pais?
Ao ouvir aquilo, Richard congelou. Não ouvia alguém
lhe falar de seus pais diretamente há muito tempo, ainda mais dessa forma.
- Como assim “vingar”?
- Vai me dizer que tudo foi um acidente? – continuava
a mulher – Não me faça rir!
Na mente dele, memórias daquela trágica noite vinham à
tona, todos achavam que tinha sido um acidente, pois ele nunca falou a ninguém
o que realmente viu, afinal, por que acreditariam no que uma simples criança
assustada disse ter visto? Flay olhava desconfiado para o casal, mas o garoto
ficava cada vez mais curioso e interessado na conversa.
- Conseguiram chamar minha atenção... então, o que
querem de mim?
- Queremos lhe fazer uma proposta – dizia o homem – a
de entrar para nossa equipe.
- Estávamos te observando há um tempo – falava a
mulher – e você é exatamente quem nós procurávamos.
- E em que tipo de equipe vocês fazem parte?
- Somos de uma elite, só os melhores podem entrar. Nós
somos da divisão 5, onde fazemos pequenas missões e procuramos novos membros. –
explicava o homem.
- Mas você, meu jovem – complementava a mulher – já
entraria na divisão 3, ou 2!
- Porém, se você entrar, não poderá mais sair. –
avisou o homem.
A conversa soava estranha ao garoto, mas não conseguia
tirar sua atenção dela. Ele poderia achar errado ou perigoso, mas a sensação de
poder e, principalmente vingança, lhe eram atrativas.
- E o que eu tenho de fazer se quiser entrar? –
insinuava.
O casal se entreolha e sorri:
- É só fazer um favorzinho para nós...
- Qual?
- Venha conosco. – chamou o homem.
Os três foram andando floresta adentro, subindo um
morro, quando se depararam com uma casa no meio da mata. Ela era simples, porém
grande; por fora parecia um laboratório, mas havia uma placa na frente da casa:
Rand’s House – Pokémon Ranger. “Pokémon
Ranger? Já vi que isso não vai dar em coisa boa...” pensou “Mas agora não tenho como voltar atrás”.
O casal começou a explicar quem era Rand e que ele e
sua família moravam ali, fazendo estudos sobre o passado de Oblivia. Ele ouvia
cada palavra atentamente, mas teve sua atenção dispersa quando viu um vulto
entre árvores próximas, grande demais para ser um Pokémon da região.
- O que houve, garoto? – perguntou a mulher.
- Na-nada, foi só um vulto, provavelmente de um
Pokémon selvagem. – mentia, pois não queria que percebessem aquela presença –
Por favor, repitam a última parte.
- Nos queremos que você entre naquela casa e pegue um
livro muito importante, grande e velho, que está na biblioteca.
- Para que um livro velho?
- Por enquanto não é do seu interesse. – disse o homem
arrogantemente, despertando a ira do garoto – E então, vai ou não vai?
- Primeiro me falem seus nomes.
- Er, nossos nomes? – disse entreolhando-se – Acho que
não tem problema. Eu sou Lucas, codinome 5-41, e ela é Amanda, codinome 5-42.
- Mas por que eu tenho que roubar para vocês?
- Você não vai roubar, só pegar de volta. E, além do
mais, você é mais jovem do que nós, vai ser moleza. – disse Lucas.
- Vamos nos esconder por perto – falou Amanda – só
esperando por você.
Richard não gostava muito da ideia, mas não iria
desistir agora, pois nunca desistia de um desafio, por mais banal ou perigoso
que fosse. Ele analisou a casa por fora e viu uma janela aberta no 2º andar,
perto de uma árvore. Recolheu Flay para sua pokéball, subindo sem dificuldades
e entrando em um pequeno escritório, parecido com o que seu pai tinha, o
fazendo lembrar-se de seu passado, mas afastou os pensamentos olhando pela
porta e observando o local onde estava: mesmo parecendo um laboratório por
fora, seu interior era como de qualquer outra casa, vendo varias portas para
outros cômodos. Viu uma grande porta, e pensando ser a da biblioteca, ameaçou
de abri-la, quando ouviu vozes e viu a sombra de pés pela fresta debaixo dela.
A voz era de uma menina, que parecia falar ao telefone, que começou a girar a
maçaneta do outro lado, fazendo-o se esconder rapidamente. Viu a sombra de um
vulto passar e, depois de examinar o corredor com cuidado, entrou no outro
cômodo.
Ao entrar na biblioteca, surpreendeu-se com o que viu:
ela era bem maior do que aparentava, com centenas de livros, revistas,
pergaminhos e artefatos antigos. Começou a procurar por um livro de aparência
mais velha possível, até que achou um que se encaixava nas descrições: era
grande, antigo, de capa verde escuro com escritas douradas dizendo “Lendas de
Oblivia: a verdade por trás do mito”. “Que
nome estranho para um livro.” pensou, mas foi surpreendido quando novamente
ouviu passos, se escondendo rapidamente embaixo de uma mesa que havia no fundo
da sala. De lá pôde ver uma garota, talvez a mesma de antes, que aparentava ser
mais nova que ele, vendo que tinha cabelos azuis curtos e vestia um jaleco
branco, parecendo uma cientista em miniatura, “Caramba, essa garota não sai daqui, como alguém pode gostar tanto de
uma biblioteca?” pensava sem paciência, mas também temeroso de ser
encontrado. Ela moveu-se rapidamente pelo lugar, pegando alguns livros e papéis
e desceu rápido, para o alívio do garoto.
Ele saiu do esconderijo e foi até o livro, verificando
se não havia nenhum sistema de segurança, já que ele estava em um armário de
vidro, com outros livros que pareciam ser antigos e importantes. Quando o
puxou, alguns outros livros caíram, fazendo barulho e vendo a garota surgir na
porta novamente, tremendo de medo.
- Papaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai!!! – berrava ela.
Daí começou a correria! A garota desceu correndo e chorando
enquanto Richard quase voou pela janela enquanto o casal se aproximava.
- O que houve? – perguntavam.
- Uma garota... me viu! – dizia esbaforido.
- Isso não é bom... Vamos antes que ele chegue. – se
apressava Lucas.
- Ele quem?
Antes de conseguir responder, uma sombra passou por
cima deles e um enorme Pokémon pássaro já podia ser visto, fazendo cada um
deles se esconder dentre as árvores. A casa estava num alvoroço enorme e
Richard não tinha conseguido ir muito longe, ficando demasiadamente exposto.
Estava se preparando para sair correndo quando ouviu um bater de asas, ficando
imóvel. Esgueirou-se e conseguiu ver que era Pokémon grande, com o corpo todo
coberto por um metal reluzente, suas asas, bicos e garras eram afiadíssimos e
ele vasculhava tudo ao lado de um homem grande, forte, moreno de cabelos
escuros, com um uniforme: camiseta e bermuda pretas, colete vermelho, todos com
detalhes brancos e amarelos. Tinha um aparelho conhecido pelo garoto em seu
braço e uma identificação no colete: Rand, “Droga,
então ele é o Rand...”.
Skarmory observava tudo com atenção, caçando o
provável invasor, até que pareceu farejar alguém, aproximando-se com mais
ferocidade a procura do garoto. Quando ele estava quase o achando, um vulto o
puxou, tampando sua boca.
- Vem, corre! – disse o vulto.
Correram para a parte mais densa da floresta, mas
ainda próxima, enquanto ele via o Pokémon cortar os arbustos de onde ele estava
com suas asas, sentindo um grande alívio, mas intrigado por não saber quem o
salvara. Por causa das árvores, a luminosidade era baixa, não sendo possível
distinguir as coisas, e galhos e folhas batiam em seu rosto a todo o instante,
mas essa pessoa parecia ter a mesma altura que ele, e movia-se com uma
velocidade e agilidade incrível. Ele foi jogado para trás de uma árvore,
ficando ele e o vulto escondidos.
- Mas o que é que... – não conseguiu terminar pois
teve sua boca tampada novamente.
- Cale a boca! – sussurrava o vulto.
“Mas que
ousadia!” pensava, mas então raios de
sol passaram pela copa das árvores, chegando até o chão, e ele arregalou os
olhos ao ver quem era: uma garota, e muito bela por sinal. Tinha um belo corpo,
delineado por suas roupas: uma legging preta, camisa com detalhes na gola, um
fino casaco verde com preto e botas; carregava uma bolsa transversalmente ao
seu corpo e tinha um colar muito estranho, com um curioso pingente. Seus
cabelos cor de mel eram compridos e lisos, presos por uma fita amarela, tendo
mechas mais curtas que cobriam seus olhos, que eram de cores nunca vistas pelo
garoto: quase brancos, como a lua cheia, bela e delicada no céu negro. Richard
a observava com muita atenção, imóvel, sentia que já tinha visto aquela garota,
“Esses olhos... Eu acho que te conheço de algum lugar,
mas onde?”.
Art original by: SirAzria
Art original by: SirAzria
- Vamos, mas em silêncio! – sussurrava ela.
- Não vou a lugar nenhum! – falou num tom alto.
Em seguida passos foram ouvidos, deixando a garota
assustada.
- Não diga a ninguém que me viu. – falou ela e correu
para o meio da mata, sumindo de vista rapidamente.
- Ei Richard! – dizia Lucas aproximando-se – Você está
ai? Pegou o livro?
- O livro... – lembrou-se de que ficara no meio do
caminho, escondido em um arbusto; pensou em dizer onde estava, mas hesitou: se
ele era tão necessário, queria descobrir o porquê, a qualquer custo – Er, não deu
tempo, a garota me viu primeiro.
- Droga! O livro era mais importante! – bravejava
acompanhado de um Buizel.
De repente, a garota que a poucos o ajudou foi jogado
do meio dos arbustos para perto dos dois.
- Olha só o que eu achei. – ironizava Amanda, saindo
de trás de arbustos, acompanhada de um Pokémon dinossauro pequeno, bípede, com
o corpo cinza e azul e um capacete, também azul – Bom trabalho Cranidos.
- Porcaria... – bravejou ela.
- Você! – surpreendeu-se Lucas, olhando uma foto que
tirara do bolso – Finalmente te achamos! Nada como pegar dois Buneary’s numa
cajadada só!
- Como assim? – perguntava confuso.
- Nada, nada, é esse idiota que não sabe o que
falar... – disfarçou a mulher.
- Ei, idiota não!
- Por que vocês não largam do meu pé? – dizia a garota
com raiva.
- Porque nós recebemos ordens... e se eu fosse você
ficaria bem quietinha. – ordenava Amanda.
A tensão pairava no ar enquanto as garotas se
encaravam. Lucas só observava e Richard ia ficando cada vez mais irritado por
não entender o que acontecia ao certo, procurando um jeito de escapar, porém
todos ali se esqueceram de quem realmente estavam fugindo. Num rápido
movimento, Skarmory cortou toda a vegetação ao redor, abrindo caminho para
Rand.
- Parados ai! – disse o Ranger, apontando-lhes o pulso
com o aparelho.
- Sujou... Vamos! – gritou Lucas, mas atrás deles
havia um enorme Kingler, pronto para agarrá-los.
Com toda a confusão, Richard havia conseguido fugir,
perdendo a garota de vista. “O que será
que eles queriam com o livro, e quem era aquela garota?” pensava enquanto
corria. Com o cansaço e o stress, decidiu ir para casa, para onde deveria ter
ido desde o começo. Chegou e correu rápido para o 3º andar, onde morava, se
trancando em seu apartamento. Tirou uma pokéball do bolso e soltou se único e
fiel amigo Flay e foi tomar um banho. Quando saiu, enrolado em uma toalha, teve
um enorme susto:
- Você precisa tomar mais cuidado, não se pode confiar
em qualquer um... – disse com um sorriso amigável.
Ele quase teve um ataque do coração quando se virou: a
garota que o ajudou na casa de Rand agora estava sentada no meio de sua cama,
sorrindo, afagando um pequeno Pokémon esguio, corpo azul e bege, com 5 pontos vermelhos em sua cabeça e costas.
Art by: Fire-Girl872
Richard sempre tentava não esboçar nada, mantendo-se sério e indiferente, mas com o susto que levou, ficou pasmo e sem reação, disparando a fazer perguntas logo em seguida:
Art by: Fire-Girl872
Richard sempre tentava não esboçar nada, mantendo-se sério e indiferente, mas com o susto que levou, ficou pasmo e sem reação, disparando a fazer perguntas logo em seguida:
- Como subiu aqui? Como conseguiu entrar aqui? Como
achou minha casa? Pera aí, quem é você?! Como...
- Calma, calma, uma de cada vez! – dizia a garota
rindo – Em primeiro lugar, meu nome é Ellie; em segundo, ninguém mandou você
deixar a janela aberta. Em terceiro, não foi fácil escalar até aqui, e não
contava com esse fofinho aqui – disse apontando para o Quilava em seu colo –
ele é muito bom, quase me derrubou da janela! Seus Pokémon são uma gracinha! –
completou apertando o Pokémon, que dormia em seu colo com os carinhos que
recebia – Além do mais, seu Flareon me deixou entrar.
- Flay! – retrucou Richard olhando para seu Pokémon,
que retribuía o olhar como que dizendo: “Isso
não é problema meu, não tenho nada a ver com isso”.
Então sua ficha caiu, lembrando-se que estava só de
toalha na frente de uma garota, deixando-o extremamente corado e envergonhado.
Quando o assunto era garotas, ele não tinha o menor jeito, nunca teve.
- Por que não vai se trocar? – disse rindo timidamente
ao entender sua reação, virando-se de costas – Prometo não olhar.
- Ah, até parece! Vou me trocar o banheiro... e nem
pense em sair daí! – bravejou pegando peças de roupa no armário e se trancando
no banheiro.
Poucos minutos depois, sai bufando do banheiro,
pensando no mico que acabara de pagar, e viu somente Quilava em sua cama, que
ainda dormia pesado. Foi para a sala e viu a garota observando o pôr-do-sol
pela janela, ao lado de Flay e de um gracioso Pokémon branco, com pequenas
patas e asas, um pescoço alongado e triângulos coloridos pelo corpo.
Art by: KipinWolf
Art by: KipinWolf
- Me desculpe se eu te assustei invadindo sua casa...
– disse chamando ainda mais a atenção do garoto – É que eu não tinha onde me
esconder.
- Não tem problema, eu acho... só não faça isso de
novo.
Ela riu, mas voltou a ficar séria.
- Ellie não é?
- Isso. – e virou-se para ver o que ele queria,
podendo notar seus curiosos, mas muito belos olhos brancos, ficando sem graça.
- É ... esse Togetic, é seu? – disfarçou.
- Ele é, o crio desde que ainda era um ovo, assim como
você com seu Flareon. – disse acariciando os Pokémon, que aceitaram de bom
grado.
- Mas como você...
- Sei de muitas coisas, só isso.
- Por isso aqueles caras estavam atrás de você? –
perguntou sentando-se no único e pequeno sofá que havia no cômodo.
- Vamos dizer que lhes causei alguns prejuízos. E eles
vão voltar...
- Como assim?
- Eles são Pokémon Pinchers, carinhas que, digamos,
não têm boas intenções.
- Grande coisa... por que eles viriam atrás de mim?
- Talvez porque querem te usar para algum de seus
planos, ou porque pode ser uma armadilha, e talvez até porque você não devolveu
esse livro que eles pediram. – falou mostrando-o, deixando o garoto pasmo – Se
você queria chamar a atenção deles, acaba de se tornar seu alvo principal.
Temos que arrumar suas coisas e cair fora.
- Não vou com você para lugar nenhum. – retrucou num
tom alto, levantando-se.
- Calma, não precisa ser tão arrogante! – falou brava
– Um pouco de delicadeza de vez em quando não mata ninguém!
Richard ficou surpreso com a reação de Ellie; fazia
muito tempo que ninguém falava com ele daquele jeito. Na verdade, quase ninguém
lhe dirigia a palavra, pois tinham medo de sua reação.
- Olha, já está escurecendo, então que tal dormimos e
amanhã eu decido o que faço? – propôs ainda atônico.
- E-eu posso dormir... aqui? – falou pausadamente;
seus olhos pareciam brilhar com a proposta.
- Vamos fazer assim: você fica na minha cama e eu no
sofá. – disse, vendo que ela ficara sem graça.
- Olha só, quem diria? O senhor cínico sendo gentil...
– disfarçou ironizando, indo para o outro cômodo sendo seguida por seu Togetic,
que ria dele.
Richard, meio confuso, olha para Flay e vê que ele
parecia rir de sua situação:
- O que foi, o que queria que eu fizesse?
*****
Um homem entra correndo por uma enorme porta numa
grande e escura sala, sendo possível ver somente a silhueta de três pessoas,
uma delas estando sentada.
- Senhor, trago notícias da missão!
- Fale então! – respondeu o que estava sentado.
- Os agentes 5-41 e 5-42 conseguiram achar e contatar
o alvo, mas foram presos por Rand.
- Pelo menos eles serviram para alguma coisa... –
disse severamente.
- Só que ainda tem mais, senhor.
- Mais o quê?
- O livro acabou se perdendo e... – hesitava receoso –
há rumores de que ela já o encontrou e o ajudou a fugir.
- O que você disse?! – gritou batendo na mesa,
levantando-se – Aqueles vermes, não conseguiram nem faze isso direito! Vá e
avise ao batalhão, mudança de planos!
- S-sim senhor... – e saiu correndo.
- Vocês dois – disse virando-se para trás, onde havia
as outras duas silhuetas – agora o caso está em suas mãos, e não me
decepcionem! Já tive dor de cabeça demais por um dia.
- Pode deixar... senhor! – disse um deles, e saíram da
sala.
- Chega de enrolação, é hora de todos conhecerem nosso
poder... – falou sozinho, no escuro.
Capítulo 1 | Capítulo 3